segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sobre a reunião de hoje e planos para os próximos encontros

Eu tava com muita preguiça de ir pro encontro hoje, porque tava frio e chovendo e eu to com muita dor de garganta, mas no final das contas foi muito legal. Estávamos eu, Rubia, Ana Carla, Ana Ferreira e contamos também com a participação especial do Allan, amigo da Ana Carla, professor de antropologia, que contribuiu com várias referências e com o olhar antropológico para a nossa pesquisa.

Fizemos chá e conversamos sobre o texto do Bourdieu e sobre a nossa planejada experiência prática de produzir registros fotográficos de vitrines curitibanas. Já de cara surgiram algumas perguntas sobre que parâmetros vamos utilizar pra produzir esses registros. Seria mais interessante pegar uma dessas grandes avenidas que cortam diversos bairros e verificar como o comércio se modifica ao longo desse percurso? Ou poderíamos tentar encontrar as lojas das diferentes tribos urbanas nos bairros mais afastados do Centro? Ou tentar olhar pra essas vitrines e já identificar possíveis grupos a quem elas se destinam? Ou ainda ir direto a um desses lugares da cidade que concentram várias lojas de um certo tipo (como a Pedro Ivo, ou a Tefé)?

Uma sugestão foi que a gente tentasse associar esse registro fotográfico a uma conversa. Isso evitaria que, a partir das nossas pressuposições, a gente acabe inventando classificações que não condizem com o que pensam os verdadeiros clientes dessas lojas. Então, ficamos com a seguinte metodologia, até que outra apareça: cada um vai pegar algum dia desta semana para sair com sua câmera ou celular e fotografar vitrines que chamem a atenção, que lhe pareçam interessantes, meio aleatoriamente. Se for possível, é legal também tentar conversar com os donos das lojas para entender quem são os clientes, e uma pergunta que foi sugerida e me parece crucial: como foi organizada a vitrine e por quê?

No próximo encontro, podemos conversar sobre essas imagens e entrevistas. Com isso, podemos definir melhor esse recorte que estamos buscando. Paralelamente à prática, vamos também incrementando as nossas referências teóricas. Uma sugestão do Allan, foi que a gente desse uma olhada num livro chamado "Culturas híbridas", do Nestor García Canclini. Eu mandei por e-mail uma coisa que eu achei que era um PDF do livro, mas na verdade era uma análise de um capítulo específico. Ainda estou procurando. (De qualquer modo, acho que a gente vai ter que arranjar alguma solução pra esses livros que a gente quer ler. Ou faz uma vaquinha e compra um, depois tira xerox, ou vamos ter que gastar um tempinho tentando achar na biblioteca pública, sei lá. Nem tudo se acha em PDF)

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