segunda-feira, 10 de maio de 2010

Esquentando os funis

Gente,

Fiquei pensando bastante sobre alguns possíveis caminhos que a gente pode tomar pra começar a tornar o nosso trabalho um pouco mais dirigido. A partir dessas primeiras tentativas que a gente fez com fotografia, me parece que é um bom momento para desenvolver um olhar crítico sobre essa produção experimental.

Acho que essas experiências surgiram de uma curiosidade comum pela possibilidade narrativa da produção de imagem em moda, tanto em editoriais fotográficos, como na criação de uma coleção e de um desfile. Como os signos são organizados ali, que conexões eles produzem, como eles se sucedem no tempo. Mesmo acontecendo em um tom de brincadeira, totalmente informal, e com os materiais disponíveis, acho que essas tentativas podem nos ajudar a perceber essas escolhas que fomos fazendo intuitivamente: por que um certo tipo de maquiagem e não outro, por que uma luz de frente e não de lado, por que uma certa pose ou atitude.

Diante disso, comecei a procurar alguns textos mais voltados a essas relações: produção de imagem-narrativa-moda-semiótica. Encontrei alguns artigos, dos quais já estou separando alguns trechos pra lermos juntos. Vou colocar aqui, assim, se alguém tiver um tempinho, já pode dar uma olhada pra podermos conversar.

O que eu acho mais legal, por agora, é esse aqui.
A autora coloca esse tipo de produção de imagem que está nos interessando dentro de um panorama histórico, de uma forma bem honesta, com uma linguagem simples.

O texto da Renata Pitombo volta à nossa questão inicial: moda é arte, arte é moda? Mas ela faz isso pensando em produção de significado, e abandona essas questões pra falar de uma "artisticidade" presente na moda. Está em PDF (botão direito e "salvar link como"):

O terceiro texto, da Larissa Lacerda, também está em PDF. Me parece interessante pra gente porque se propõe a analisar imagens de um editorial de moda da revista Marie Claire. Acho que pode nos fornecer algumas pistas pra podermos pensar na produção de imagem criticamente.

Estou levando também o "Mercado dos bens simbólicos" do Bourdieu, que é um texto pra ir lendo com calma, mas me parece que os conceitos de "bem simbólico" e "troca simbólica" que ele traz vão fazer parte das nossas conversas, necessariamente, se a gente for pensar em moda e semiótica.

Bom, acho que por enquanto é isso. Vejo vocês de noite, 19h30, no Cafofo.

Beijo,

Gustavo.

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